Por: Maria Eduarda Barbosa Cabral
Se nos perguntam sobre de onde vem o mel, podemos rapidamente pensar, e até achar uma pergunta um tanto tola para responder, pois achamos que obviamente, são as abelhas que o fabricam em suas colmeias. Mas você já parou pra pensar no que acontece com o mel desde que ele é fabricado a partir da polinização e colheita do néctar que as abelhas realizam nas flores até o momento em que o mel chega envasado “bonitinho” em sua mesa?
O que boa parte das pessoas não sabem, é que o mel precisa sim passar por alguns processos específicos de beneficiamento, que apesar de serem bastante simples, serão responsáveis por garantir que as características do produto inicial sejam as mesmas do produto final sem comprometer a sua qualidade.
A história da apicultura no Brasil e sua importância socioeconômica
A Apicultura no Brasil tem seu início em 1839 quando algumas colônias de abelhas foram trazidas de Portugal para o Rio de Janeiro pelo Padre Antônio Carneiro, bem como, posteriormente, alguns imigrantes europeus trouxeram outras raças da mesma espécie para as regiões Sul e Sudeste. Ao decorrer dos anos, a prática apícola no Brasil tem se mostrado cada vez mais próspera para a economia do país, conforme relatam os últimos dados levantados pelo IBGE em 2017, em que a produção anual alcançou em média, 41.594 toneladas de Mel. Além disso, a influência do mel e sua cadeia produtiva na situação econômica nacional, deve-se também à existência de 350 mil apicultores no Brasil, segundo a Confederação Brasileira de Apicultura, correspondendo a um fator importante de ocupação e renda para centenas de milhares de cidadãos, chegando a contribuir até para a segurança alimentar e para o fomento ao associativismo e cooperativismo.
A produção e os processos necessários
Toda a produção começa nos Apiários, um local propício para que a abelha possa coletar o néctar das flores e trazer para dentro dos alvéolos do favo que ficam dentro de caixas próprias para seu armazenamento.
A transformação do néctar para o mel, se deve ao fato de que, já ao longo do percurso as abelhas vão adicionando as secreções de várias glândulas, como as glândulas hipofaringeanas, introduzindo enzimas que quebram esse néctar em sacarose e em frutose, processo parecido com um “regurgitado” (expulsar aquilo que excede; expelir o conteúdo gástrico, que está no estômago). E prosseguido desse processo, ao armazenar esse mel no alvéolo, elas batem as asas de forma que retire o máximo de água, dando aquela consistência viscosa do mel que conhecemos, como também explica o fato de o mel ser um alimento que não “estraga” com tanta facilidade, podendo durar até dois anos, pois é um ambiente impróprio para a proliferação de leveduras e microrganismos que poderiam deteriorar o composto.
Depois que os apicultores retiram o mel dessas “caixas” de favo por meio de uma centrífuga, que recebe os quadros sem os opérculos que cobrem os alvéolos, e possuem um movimento de rotação em torno de seu próprio eixo, todo o mel bruto é levado para uma espécie de peneira, onde serão retirados alguns vestígios de cera e outras sujeiras que podem ser encontradas. Feito a peneiração, o mel é armazenado para os próximos processos, e caso cristalize, ele é levado para uma banheira na qual será feito um “banho maria” com água na temperatura de 35° a 40° para sua descristalização.
Logo após, o mel deverá ser filtrado e conduzido por meio de uma bomba para os tanques de decantação, onde ficará armazenado por pelo menos 24 horas. Esse é um processo bastante importante em que depois que o mel é “assentado”, libera uma parcela de oxigênio que havia ali, facilitando no processo de envase que será realizado mais tarde e finalizando no produto final pronto para ser comercializado e consumido.
Esses processos podem variar de acordo com o tipo de mel produzido, como também irá variar conforme a espécie da flor que a abelha polinizou.
Composição e benefícios do mel
O mel é constituído, na sua maior parte por hidratos de carbono, nomeadamente por açúcares simples, glicose e frutose, sendo cerca de 75%, também composto por 20% de água, por minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros), por aproximadamente metade dos aminoácidos existentes, por ácidos orgânicos (ácido acético, ácido cítrico, entre outros) e por vitaminas do complexo B, por vitamina C, D e E. O mel possui ainda um teor considerável de antioxidantes (flavonoides e fenólicos).
E devido a presença dessas substâncias, o mel quando ingerido nas quantidades certas, é um alimento extremamente benéfico para a saúde. Citados abaixo, alguns desses benefícios:
1 Comentário
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