Por: Guilherme Lopes da Silva
Para uma empresa, é muito importante que seus produtos tenham qualidade a oferecer aos seus clientes, principalmente no ramo alimentício. Tudo que consumimos precisa estar de acordo com os critérios estipulados por ela e também pelos órgãos reguladores. Essa qualidade traz aos consumidores confiança e segurança do estabelecimento.
O controle de qualidade é definido como um conjunto de estratégias e ações que são adotadas por uma determinada indústria para estabelecer padrões a serem seguidos, sendo de grande importância a todos que trabalham na empresa, pois precisam manter a qualidade de seus produtos desde o armazenamento dos insumos até a apresentação dos produtos aos clientes.
Mas quais são esses padrões para manter a qualidade?
A padronização e o monitoramento definem o controle de qualidade, baseado em: segurança, gestão e padronização.
A padronização é o exemplo perfeito de um controle de qualidade, pois deve-se seguir sempre o mesmo processo várias vezes e todas devem sair da mesma forma, evitando erros. Esse processo deve se seguir do início ao fim, e tem como interesse, garantir a satisfação do público.
Alguns padrões são essenciais para manter a qualidade nos produtos alimentícios, e alguns fatores podem garantir isso, como a verificação das máquinas que estão operando e produzindo sem gerar falhas, no tempo e volume esperados, observar a higiene dos ambientes e máquinas, entre outros.
Para adotar um controle de qualidade de alimentos, é interessante que o empresário conte com o apoio de um profissional que tenha conhecimento profundo sobre normas e padrões higiênico-sanitários inerentes ao setor, como um engenheiro de alimentos.
Qual o papel do engenheiro de alimentos no controle de qualidade?
Esse profissional define e fiscaliza os padrões de controle de qualidade da indústria. Além de estar por dentro de todo o processo que ocorre dentro da indústria, desde a matéria prima até o produto final, sendo responsável pelo armazenamento, acondicionamento e preservação dos produtos, garantindo assim o melhor produto com maior qualidade. O engenheiro de alimentos também é responsável por implantar programas para a melhoria na qualidade do produto, garantindo aos clientes a segurança de que o produto está nos seus devidos prazos. Como exemplos:
– POP (Procedimento Operacional Padrão)
É um documento que orienta de forma objetiva e prática uma indústria a padronizar os processos dos setores relacionados com a produção, trazendo em seu conteúdo a descrição de todas as atividades e como elas devem ser realizadas, passo a passo, como um manual de instruções.
O POP deverá conter as seguintes informações:
• Responsável pela atividade;
• Descrição da atividade que será realizada;
• Equipamentos, peças, materiais ou ações necessárias;
• Descrição da atividade que será realizada;
• Roteiro de inspeções periódicas dos equipamentos utilizados no procedimento;
• Descrição dos procedimentos (ou passo a passo) que devem ser realizados no procedimento, incluindo as atividades que não devem ser executadas.
Importância de se ter o POP em uma empresa:
O procedimento operacional padrão é de extrema importância para se manter a qualidade do alimento e para a gestão organizacional ter a facilidade de padronizar as tarefas, criando um método conciso e livre das não conformidades, que são a base da Gestão da Qualidade, além disso auxiliar e direcionar os funcionários no momento da execução das tarefas.
Além de ter os seguintes benefícios:
• Segurança dos alimentos;
• Padronização de processos fabris;
• Redução de desperdício;
• Padronização de processos fabris;
• Adequações das condições sanitárias;
• Confiabilidade perante fornecedores, clientes e outras partes interessadas.
– BPF (Boas Práticas de Fabricação)
Sistema para garantir que produtos sejam consistentemente produzidos e controlados de acordo com os padrões necessários de qualidade. É usado para minimizar os erros na produção e abrange todo o processo da produção, desde os materiais até a higienização dos funcionários.
Benefícios de implantar o programa BPF:
• Segurança dos alimentos;
• Padronização de processos fabris;
• Adequações das condições sanitárias;
• Redução de desperdício;
• Confiabilidade perante fornecedores, clientes e outras partes interessadas.
O que a legislação diz sobre o BPF?
A ANVISA diz que todas as empresas da indústria de alimentos e serviços alimentícios devem adotar as Boas Práticas de Fabricação, para garantir a qualidade, conformidade e segurança dos alimentos.
De acordo com a legislação:
Essa Resolução foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os Procedimentos Operacionais Padronizados, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF. Portanto, é ato normativo complementar à Portaria SVS/MS nº 326/97.
Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997
Baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Ed. 2 (1985), do Codex Alimentarius, e harmonizada no Mercosul, essa Portaria estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.
– Análise físico química
Em um processamento de alimentos, todos os ingredientes utilizados devem ser controlados para garantir o controle de qualidade. Desta forma, a realização destas análises são com o máximo de precisão e empenho, pois tem como função proteger não só o produto, mas também o consumidor, com finalidade de garantir um alimento de alto padrão de qualidade. Além disso, auxiliam que a indústria ofereça o melhor no que diz respeito a segurança dos alimentos, visto que estas análises identificam a presença de elementos que podem ser altamente prejudiciais à saúde do consumidor. E para isso, são baseadas nas condições estipuladas por lei e padronizadas, sempre com a finalidade de oferecer o melhor ao cliente, assegurando a qualidade do serviço. Além de contar com a aprovação dos principais órgãos fiscalizadores (Anvisa, Inmetro, MAPA), que verificam o cumprimento da legislação.
O que a EMPEA Consultoria pode te ajudar?
O controle de qualidade então, é de grande importância para empresas alimentícias, pois garantem a segurança dos produtos do início da coleta dos materiais até a chegada do produto final ao mercado, garantindo sempre um padrão na produção para melhor servir ao público consumidor. E nós, da EMPEA consultoria, realizamos vários trabalhos, como Análise de Alimentos, Manual de Boas Práticas de Fabricação e Procedimento Operacional Padrão, podendo sempre te ajudar na área de alimentos, melhorando a qualidade de seu produto. Entre em contato conosco!