Por: Marcos Vinicíus Durãis Fernandes
Ao decorrer dos anos com o aumento da população mundial, chegando recentemente a 8 bilhões de pessoas, existe um aumento no consumo de alimentos, gerando muito lixo plástico, causando mais poluição ao meio ambiente, então tem-se uma necessidade de descobrir novos materiais para embalagens ecológicas.
Os biopolímeros mais utilizados na elaboração de filmes e coberturas comestíveis são as proteínas (gelatina, caseína, ovoalbumina, glúten de trigo, zeína e proteínas miofibrilares), os polissacarídeos (amido e seus derivados, pectina, celulose e seus derivados, alginato e carragena) e os lipídios (monoglicerídeos acetilados, ácido esteárico, ceras e ésteres de ácido graxo) ou a combinação dos mesmos. Os filmes comestíveis tendo o amido como biopolímero para sua formação começam a ser estudados de forma mais intensa, sendo a fécula de mandioca selecionada como a matéria-prima mais adequada para sua elaboração, por formar películas resistentes e transparentes; são eficientes barreiras à perda de água, proporcionam bom aspecto e brilho intenso, tornando comercialmente mais atrativos. A produção de filmes a partir de fécula de mandioca tem sido estudada pelo fato desse material ser facilmente encontrado, possuir baixo custo e também devido às suas propriedades filmógenas. A obtenção do filme (película) de fécula de mandioca baseia-se no princípio da gomificação do amido, que ocorre acima de 70 ºC, com excesso de água. A fécula gelatinizada que se obtém, quando resfriada, forma películas devido às suas propriedades de retrogradação. Atualmente, inúmeras alterações químicas nas cadeias amiláceas permitiram o desenvolvimento de amidos modificados que possuem características físico-químicas distintas do amido nativo, como melhor solubilidade e menor temperatura de gelatinização. As proteínas formam bons filmes e podem ser utilizadas em coberturas de alimentos. O filme protéico mais utilizado é o colágeno, normalmente empregado como cobertura de carnes processadas.
Os SST (Sólidos Solúveis Totais) em grande parte são composto de açúcares que tendem a aumentar com o amadurecimento, por conta de um maior desgaste e biossíntese de polissacarídeos e ou em razão da diminuição de umidade, assim sucedendo um excesso de açúcares nos tecidos. Verifica-se um aumento de SST em relação aos dias de armazenagem, tanto para o controle quanto para o filme. Contudo, observou-se que os valores presentes de SST para cobertura extra com o filme AC foram inferiores significativamente, o aumento em SST é geralmente relacionado à perda de água, sem mudanças no peso dos solutos, embora possa estar associado também a uma perda de solutos decorrente da atividade respiratória, do transporte de solutos, da transpiração ou do transporte de água para outras partes. Não ocorreu um aumento da acidez, tanto para o produto controle quanto para a recoberta com o filme AC, indicando que o filme não acelerou o tempo de validade do produto. A concentração de ácidos orgânicos usualmente declina em decorrência de sua utilização como substrato na respiração ou da sua transformação em açúcares. Desse modo, as transformações variam de acordo com as condições de armazenamento e possuem um papel importante nas características de sabor e do aroma. Portanto, pode-se notar que tanto para o produto recoberta com o filme quanto para o controle não ocorreram grandes mudanças em relação à acidez, indicando que o filme não prejudicou a validade do produto, a utilização de filmes biodegradáveis é considerada uma nova opção para o armazenamento de alimentos, pois além de diminuir as perdas, também evita a utilização de embalagens não biodegradáveis, que são prejudiciais ao meio ambiente.
Por conta disso uma boa pesquisa de embalagem, evita não só gastos desnecessários e qualidade no produto para chegar até o consumidor final, mas também evitar poluição desnecessária. Diante disso, nós da EMPEA consultoria temos em nossa carta de serviço o estudo de embalagem, procurando melhor atender as necessidades de nossos clientes. Entre em contato conosco e agende gratuitamente uma reunião de diagnóstico.
Referências:
VICENTINO, SUELLEN LAÍS; FLORIANO PATRÍCIA APARECIDA; DRAGUNSKI, DOUGLAS CARDOSO; CAETANO JOSIANE. Filmes de amidos de mandioca modificados para recobrimento e conservação de uvas. SciELO, 6 de out. de 2011. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/qn/a/Qcpm3RsnSMghj9TL9bBt7FJ/?lang=pt:>.
CASTRO, FÁBIO DE. Plástico de mandioca para embalar alimentos é biodegradável e pode ser comido. Inovação tecnológica, 8 de fev. de 2007. Disponível em: <https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010160070208#.Y8Vk_5jMLIU>.