Por: Larissa Rodrigues
Já pararam para pensar como os alimentos duram tanto tempo nas prateleiras dos supermercados? e como é possível mantê-lo saboroso e conservado com uma maior data de validade do que um produto in natura os quais não possuem aditivos? Ficou interessado? Então bora descobrir.
Os aditivos alimentares, como o próprio nome já diz, são ingredientes naturais ou artificiais adicionados aos alimentos propositalmente em alguma etapa de processamento. De acordo com a portaria 540/97 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) o aditivo alimentar “é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento”.
Existem diversos aditivos alimentares com diferentes funcionalidades a fim de conservar por mais tempo os alimentos nas prateleiras, dar mais sabor, segurar uma boa aparência e textura e com o propósito de garantir a saúde humana apesar que seja impossível dizer que o aditivo seja 100% livre de riscos.
Pode-se classificar os aditivos em relação a sua funcionalidade: conservante, estabilizante, corante, acidulante, emulsificante, adoçante, entre outras.
Conservantes: o principal objetivo dos conservantes é prolongar a vida de prateleira dos alimentos, impedindo ou retardando as alterações por microrganismo ou enzimas. Temos 3 classificações de conservantes: antimicrobianos, antioxidantes e inibidores enzimáticos.
– Antimicrobianos: tem objetivo de absorver água dos alimentos impedindo o crescimento de microrganismos, visto que, a atividade de água está relacionada a multiplicação de microrganismos. Um exemplo fácil é o sal de cozinha muito utilizado em carnes.
– Antioxidantes: é uma substância capaz de atrasar a reação do oxigênio com o alimento. Como exemplo bem comum temos a vitamina C.
– Inibidores enzimáticos: os inibidores enzimáticos se ligam às enzimas dos alimentos que aceleram o processo de degradação do alimento e retardam esse processo.
Estabilizantes e Emulsificantes: os estabilizantes têm como objetivo manter a homogeneidade dos produtos mantendo as características físicas das emulsões/suspensões, ou seja, impede a separação dos diferentes ingredientes da fórmula. Praticamente o estabilizante vai manter a característica adquirida pelo emulsificante de homogeneizar substâncias. Além disso, os estabilizantes possuem funções como: aglutinadores, agentes endurecedores, agentes de ajuste de densidade, agentes de retenção de água, estabilizadores de espuma e estabilizadores de cor. Um bom exemplo seria os sorvetes.
Corantes: Sua finalidade é deixar o produto mais atraente para o consumidor, realçando cores ou apresentando novas colorações. Salgadinhos, doces e bebidas são exemplos da sua utilização.
Acidulante: São substâncias que têm por objetivo aumentar ou conferir sabor ácido aos alimentos. Além de aromatizar o alimento e contribuir retardando o crescimento de microorganismos. Como exemplo temos: ácido cítrico utilizado em bebidas.
Adoçantes e aromatizantes: ambos tem como objetivo intensificar ou adicionar aroma/sabor doce aos produtos. Além da capacidade de reproduzir odores ou gostos, como os de fruta.
E como devem ser declarados nas embalagens?
A declaração do uso de aditivos alimentares é obrigatória para produtos industrializados e devem estar no final da lista de ingredientes, de modo a fazer parte da mesma. Eles devem mostrar a função principal que desempenham no alimento e o nome completo ou número do Sistema Internacional de Numeração (INS).
Sendo assim, a adição de algum aditivo ou estudo de aditivos para seu produto exige a consulta com especialista na área de alimentos. Possui alguma dúvida ou ficou interessado em saber mais? Entre em contato com a EMPEA consultoria de alimentos e agende sua reunião de diagnóstico gratuita.
Referências:
Aditivos alimentares. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/setorregulado/regularizacao/alimentos/aditivos-alimentares>.
Ministério da Saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1/1997/prt0540_27_10_1997.html>.