Por: Bianca Pazinato
A sociedade atual tem se demonstrado cada vez mais complexa, o que indica uma constante mudança nos padrões de vida da sociedade. Em decorrência disso, as pessoas estão apresentando sintomas de cansaço, ansiedade e depressão, que conjugado à uma má alimentação, esses costumes e sintomas podem estar associados ao aparecimento crescente de doenças crônicas na população mundial, tais como, obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, entre outras.
No entanto, os hábitos alimentares de certas populações se destacaram, devido ao baixo índice de aparecimento de doenças. Os esquimós, apresentaram baixa incidência de problemas cardíacos, em razão de uma dieta rica em peixes e frutos do mar, que são alimentos ricos em ômega 3 e 6. Bem como os franceses, pelo seus costumes de consumir vinho tinto, o qual é rico em compostos fenólicos. Os povos orientais apresentam baixo índice de doenças relacionadas ao câncer, devido ao consumo de fitoestrógenos proveniente da soja. Além dos costumes que esses povos têm em consumir frutas e verduras, que previnem tais tipos de doenças, o que já foi epidemiologicamente comprovado.
Nos dias atuais, há uma procura por alimentos que além de cumprir o papel de nutrir, também possuam funções fisiológicas. No Brasil, apenas a partir de 1999 foi proposto pela Vigilância Sanitária/MS uma regulamentação para análise de alimentos. Dessa forma, todo alimento ou ingrediente que possui propriedades funcionais, além de nutrir, produz efeitos benéficos à saúde.
Afinal, o que são alimentos funcionais?
Primeiramente, de acordo com o dicionário, a palavra funcional significa: decorrente de alguma função; útil; prático. Isto é, alimento funcional é todo alimento que efetua uma função no organismo.
Segundo a definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), “Alimentos funcionais são alimentos que apresentam outros benefícios além de nutrir, pois contêm constituintes que podem auxiliar, por exemplo, na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos; na proteção das células contra os radicais livres; no funcionamento do intestino; na redução da absorção do colesterol; entre outros, desde que seu consumo esteja associado a uma alimentação equilibrada e a hábitos de vida saudáveis.”
Com outras palavras, alimentos que possuem propriedades funcionais, é todo alimento que além de cumprir o papel nutritivo no organismo, produz efeitos benéficos ao sistema fisiológico, bem como à prevenção de doenças.
Esses alimentos são classificados de acordo com sua origem (vegetal ou animal) ou também conforme sua atuação no organismo. E devem ser constituídos pelos seguintes aspectos: ser um alimento ou ingrediente usual, cujo é consumido convencionalmente, constituído de substâncias naturais, ter efeitos benéficos provendo bem-estar e o aumento da qualidade de vida, física, mental e comportamental.
Para exemplificar os alimentos funcionais:
Naturais: aquele que está pronto para consumo ou in natura. Como:
– Frutas cítricas: ricas em vitamina C, antioxidante que auxilia na proteção dos danos causados pelos radicais livres, além do bom funcionamento do sistema imune, auxilia também na formação de colágeno e no metabolismo energético.
-Cereais como aveia, centeio, cevada e milho; leguminosas como soja, feijão e lentilha, entre outras: fonte de fibras, responsáveis por auxiliar no bom funcionamento do intestino e na redução do colesterol;
-Tomate e derivados, goiaba vermelha, pimentão vermelho, melancia, mamão, pitanga, etc.: fonte de carotenoides, têm ação antioxidante, protegendo as células contra os radicais livres.
Adicionados: A substância funcional é adicionada na formulação do produto.
Quando se pode alegar a propriedade funcional de um alimento?
Segundo a Portaria n. 398 de 30/04/99 da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde (MS): “Alimento funcional é todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido na dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológico e/ou efeitos benéficos à saúde (compostos bioativos), devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica”
É importante ressaltar que esses alimentos devem ser conjugados à uma alimentação equilibrada para a promoção de saúde e diminuição do risco de doenças crônicas e degenerativas. Ainda que não possuam efeito curativo, apresentam compostos ativos capazes de prevenir e reduzir o risco de doenças, sendo necessário seu consumo regular.
Você sabe o que são os nutracêuticos?
Em 1989/1990, o termo “nutracêutico” foi criado nos Estados Unidos pela Foundation for Innovation in Medicine. Nutracêuticos são compostos bioativos que foram isolados de alimentos, isto é, são suplementos alimentares que possuem substâncias bioativas concentradas proveniente de alimentos.
Dessa forma, entende-se por nutracêuticos, todo alimento ou parte dele que forneça benefícios à saúde, relacionados à prevenção e tratamento de doenças. Podem ser comercializados na forma de cápsulas, formas isoladas, suplemento dietético, entre outros.
Sua atividade está relacionada ao fortalecimento do sistema imunológico, prevenção de doenças e principalmente do suprimento de vitaminas e minerais no organismo.
Qual a diferença entre alimentos funcionais e nutracêuticos?
A principal diferença entre eles está na sua origem. Alimentos funcionais correspondem ao alimento em si, que possuem propriedades funcionais. Já os nutracêuticos são constituídos de compostos bioativos, podendo ser naturais ou sintéticos.
Portanto, o termo “alimentos funcionais”, está relacionado aos alimentos e/ou ingredientes que possuem substâncias ativas benéficas à saúde, além de cumprir seu papel principal de nutrir o organismo. Enquanto o termo “nutracêuticos”, está relacionado a suplementos alimentares que possuem compostos bioativos concentrados e tem como finalidade fornecer benefícios médicos e de saúde.
Como a EMPEA pode contribuir para a sua empresa?
Se você deseja que seu produto se caracterize como um alimento funcional que traz benefícios para à saúde dos seus consumidores, nós, da EMPEA Consultoria, a partir do desenvolvimento e melhoramento de produtos, podemos desenvolver uma nova formulação ou aperfeiçoar a formulação existente do seu produto, a fim de proporcionar um maior valor nutricional e uma maior qualidade do alimento. Além disso, possuímos o estudo de regulamentação que estabelece métodos necessários para o registro de seus produtos, através do estudo das legislações vigentes no ramo alimentício.