Por: Jackeline Almeida
Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) são causadas consequentemente pela ingestão de alimentos contaminados por microrganismos patogênicos, toxinas de microrganismos ou até substâncias químicas. Segundo o Ministério da Saúde, existem aproximadamente 250 DTA diferentes no mundo, onde em sua grande maioria são causadas por bactérias e vírus. Para se considerar um surto é necessário apenas dois ou mais casos de pessoas identificadas com sintomas similares após ingerir alimentos de mesma origem ou local.
As DTA são uma grande preocupação para Organização Mundial da Saúde, visto que essas contaminações podem ser fatais, principalmente se atingirem crianças menores de 5 anos. São registrados em média 700 surtos de DTA por ano no Brasil.
No nosso país, as bactérias (Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus) são as principais responsáveis pelas doenças transmitidas por alimentos, assim como, em menor proporção, os vírus (rotavírus e norovírus) também são causadores. Como a DTA pode ter inúmeras origens, o diagnóstico não é específico. Entretanto, os sinais mais comuns são náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia, falta de apetite e febre. O quadro clínico pode ser confirmado através de testes laboratoriais.
Vários fatores do nosso cotidiano podem influenciar na contaminação e proliferação dos agentes patógenos como: alimentos sem procedência, ingredientes crus, manipulação e limpeza inadequada, recipientes tóxicos, pessoas infectadas, entre outros. Além disso, deve se tomar cuidado com a preparação de muita antecedência, descongelamento inadequado, alimentos esfriados ou deixados à temperatura ambiente e também a produção excessiva de alimento.
É recomendado que se evite o consumo de alimentos malcozidos/assados, preparações a base de ovos crus, leite sem pasteurização e esterilização (UHT), hortifruti sem desinfecção, comidas deixadas em zonas de contato com insetos e roedores, alimentos comercializados em estabelecimentos não inspecionados. O controle de tempo de temperatura deve ser rigoroso.
Visando tudo isso, é de extrema importância ter atenção no padrão de qualidade ao consumir água e alimentos, assim como as condições de saneamento do ambiente e higiene pessoal contribuem para a prevenção. As mãos devem ser lavadas regularmente da mesma forma que utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos precisam ser corretamente desinfetados.
Em caso de identificação de doenças transmitidas por alimentos, é aconselhado a retirada imediata do alimento contaminado do meio de produção afim de inibir novas transmissões. A pessoa infectada deve procurar orientação médica para o tratamento adequado.
Por fim, fique atento e certifique de sempre comprar alimentos seguros, verificando suas condições físicas, embalagem, e também o prazo de validade descrito. A segurança alimentar é uma garantia para a saúde do consumidor e precisa ser devidamente controlada.
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