Por: Ana Paula Dada
O consumo de vinho no Brasil, segundo a revista Adega 166, chegou a atingir 1,93 litros por habitante em 2018, sendo que no estado do Paraná, bem como no Rio Grande do Sul e na Bahia tal consumo revela-se majoritariamente composto por produtos nacionais, sinalizando, portanto a importância da produção nacional da bebida no país.
O vinho é uma bebida obtida da fermentação alcoólica completa ou parcial do suco das uvas maceradas. Diante de tantas opções a escolha da melhor harmonização pode causar certa dificuldade a quem é leigo no assunto, por isso é importante conhecer as diferenças básicas entre eles.
Existem diversos tipos de vinhos, de acordo com o site americano especializado na bebida, Wine Folly, estima-se que exista mais de 200 tipos de vinhos no mundo, os quais podem variar de acordo com a coloração, aroma, quantidade de açúcar e gás carbônico e até mesmo o teor alcoólico, no entanto, o tipo de uva utilizado é um dos fatores mais marcantes na diferenciação entre eles.
A planta produtora da bebida é a videira pertencente ao gênero Vitis, atualmente existem cerca de 5 mil tipos de uvas videiras no mundo. A espécie mais apropriada para a sua produção é a Vitis vinifera devido as suas características estruturais, como casca mais grossa e densa. Estas, portanto são chamadas de uvas finas, apresentando características mais propensas a produção de vinho. Existem ainda outras espécies, como a Vitis bourquina, as quais são chamadas de uvas de mesa onde são capazes de produzir vinho, porém com uma qualidade inferior quando comparada as Vitis viniferas.
Pois bem, os vinhos produzidos com uvas da espécie Vitis vinifera (ou uvas européias) são chamados de vinhos finos. As mais conhecidas são Cabernet Sauvignon, Syrah, Carmenère, Malbec, Pinot Noir e Merlot, as bebidas obtidas de tais espécies são mais ricas em taninos e polifenóis, revelando coloração mais límpida, além de aromas e sabores mais ricos. Já os vinhos elaborados com uvas da espécie Vitis bourquina (ou uvas americanas) são denominados de vinhos de mesa. As mais conhecidas são Niágara, Bordô, Concord e Isabel, sendo que as bebidas resultantes revelam-se com coloração intensa e opaca, além de aromas rústicos e sabor mais suave, porém bem marcante da fruta utilizada.
Mas a diferenciação da bebida em relação a suas espécies produtoras não para por aí! Os vinhos podem ser diferenciados ainda quanto ao seu tipo, sendo classificados como vinhos tintos, brancos, rosés e espumantes.
Os vinhos tintos são produzido por uvas escuras como Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pinot Noir dentre outras, ele é o tipo o qual apresenta maior tintura, como o próprio nome já diz. Sua produção é realizada a partir da fermentação do mosto e na transformação de grande parte dele em álcool. No que diz respeito ao vinho branco, o mesmo é feito com as uvas verdes ou até mesmo com a massa das uvas roxas. A espécie que se destaca nessa produção é a Chardonnay. Ao comparar os vinhos brancos com os tintos, observa-se que os primeiros são mais adocicados e remetem mais o sabor da fruta origem.
Existem ainda os vinhos rosés, os quais são produzidos somente com uvas tintas, sem misturá-las com as verdes. Ele é caracterizado por sua cor mais suave, devido ao tempo reduzido de contato com as cascas escuras durante o processo de maceração para a obtenção do mosto. Outro tipo de vinho popularmente conhecido são os vinhos espumantes, os quais passam por um processo adicional de fermentação para a incorporação do gás carbônico à bebida.
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1 Comentário
Muito bom gostei.
Seus posts ajudam muito.
Vou continuar acompanhando o site.